Se você ainda não leu a 1ª parte, 2ª parte, 3ª parte, 4ª parte, 5ª parte, 6ª parte, 7ª parte, 8ª parte, 9ª parte, 10ª parte, 11ª parte e 12ª parte de Troca de Anéis, pode ser que fique em duvidas no texto seguinte.
Teste do motor
Após a montagem do cabeçote e demais componentes do motor, faz-se a regulagem do ponto de ignição, o abastecimento com óleo e água e teste de funcionamento.
Para realizar esse teste proceda da seguinte forma:
1º - Mantenha o motor funcionando a 1/3 da rotação até atingir a temperatura normal de funcionamento, (geralmente entre 80º e 90º) prestando atenção quando a ruídos estranhos ou funcionamento irregular do motor.
2º - Desligue o motor e verifique se não ocorreu nenhum vazamento.
3º - Faça os reapertos e aefrição de regulagens onde necessário.
4º - Estando tudo em ordem, passe ao amaciamento conforme descrito a seguir.
Amaciamento do motor
O consumo inicial de óleo e a fuga de gases de compressão após a instalação de anais novos, são, frequentemente, mais elevados do que o normal, durante um breve período, até que os anéis se assentem.
A fuga dos gases é raramente tomada em consideração, pois é impossível medir sua diminuição para qualquer finalidade prática, durante o período de amaciamento, a não ser no caso de algumas aplicações de motores diesel. O consumo de óleo é o ponto de referência principal para se determinar se os anéis de pistão e as paredes dos cilindros já estão assentados. Embora existam vários instrumentos para medir, com precisão, as diversas características dos anéis de pistão, o próprio motor é o único aparelho conhecido que indica se os anéis já estão assentados.
O assentamento dos anéis consiste no amoldamento de uma faixa ininterrupta da face do anel à parede do cilindro em todo o curso do anel; isso é conseguido com o desgaste das levíssimas irregularidades das faces dos anéis e das paredes dos cilindros.
O período de assentamento tem sido reduzido à medida em que os anéis e os cilindros são fabricados com maior precisão, mas, todos os motores novos, retificados ou com anéis novos, exigem um certo período de amaciamento para obter o máximo de controle de fuga de gases e do óleo.
A quantidade de horas trabalhadas ou de quilômetros a serem percorridos antes de se obter um bom desempenho no motor, varia conforme sua própria construção, condições de operação e tipo de serviço. Entretanto como regra geral, deve-se esperar uma boa vedação e economia de óleo após cerca de 4.000 quilômetros rodados, ou 65 horas de serviço, independente de serem os anéis cromados ou não.
Este processo de amaciamento é realizado sem exigir quase desgaste e não é necessário que desapareçam as marcas de usinagem das faces dos anéis de compressão como se supõe em geral. Note que as marcas de usinagem são claramente visíveis no anel indicado na figura abaixo, após quase 5.000 quilômetros de rodagem. Sob condições normais de operação, as mercas de usinagem nas faces dos anéis deverão permanecer visíveis por ainda muitos milhares de quilômetros.
Sinais de usinagem ainda visíveis.
Além disso, os aperfeiçoamentos introduzidos na fabricação de motores e no seu material, bem como a melhor qualidade dos combustíveis e lubrificantes e a maior precisão de fabricação, eliminaram a necessidade dos longos períodos de amaciamento.
Entretanto, deve-se sempre ter em mente que o amaciamento correto é tão importante quanto a instalação correta de anéis, a fim de se obter o máximo de economia de óleo e longa vida útil do motor. Portanto, a execução da reforma do motor deve considerar como de sua responsabilidade o amaciamento, pois isso, além de tudo, também lhe proporciona uma excelente oportunidade para verificar o funcionamento do motor, fazendo as correções necessárias para conseguir um motor sem ruídos e com o máximo de desempenho.
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